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Revolta árabe

Para analistas, medo de minorias sírias fortalece ditador

Medo e lealdade. Essa é a fórmula que, segundo analistas, tem permitido ao ditador Bashar As­­sad se manter no poder, mesmo após um ano de manifestações contra seu governo e mais de 8 mil mortes.

Medo das minorias sírias, que não aderiram ao movimento contra o regime – também de minoria alauita – por se sentirem protegidas, e da comunidade internacional de trazer mais instabilidade ao tabuleiro que inclui Israel, Iraque, Irã e Líbano.

"Muitos dos grupos minoritários – cristãos, drusos, curdos – se preocupam com o que poderia acontecer se a maioria sunita assumisse. Então eles não se uniram à oposição", observa o especialista Robert Danin, do Council on Foreign Relations. Esses grupos representam um quarto da população do país.

A lealdade do Exército e das forças de segurança, que evitaram uma deserção em massa, co­­mo ocorreu na Líbia, também tiveram um peso fundamental.

"Ao contrário dos que caíram, Assad tem forças de segurança muito fortes, formadas para proteger o regime e não o país", diz Abdel Bari Atwan, editor do jornal árabe Al-Quds Al-Arabi, em Lon­­dres.

O sírio Amr al-Azm, professor da Shawnee State University, em Ohio, que se declara ativista da oposição, acredita que a falta de uma forte liderança contra Assad e do que chama "fator Benghazi" – um território onde a oposição se organize – também foram determinantes para a permanência do ditador.

"A oposição não será capaz de construir uma força militar para derrubar o regime, mas pode se armar para afetar a capacidade das forças de segurança", avalia.

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