Pequim - As relações entre os Estados Unidos e a China permanecerão calmas e saudáveis sob a Presidência americana de Barack Obama, em grande parte por causa da necessidade de Washington de ter a cooperação da cada vez mais poderosa nação asiática, em meio à crise financeira global.
Obama criticou as políticas comerciais chinesas durante a campanha, mas não foi particularmente estridente.
Com miríades de problemas para enfrentar, incluídas duas guerras e a ameaça de colapso do sistema financeiro, a atenção de Obama não se concentrará na política cambial da China ou no aumento da capacidade das forças armadas de Pequim, dizem os analistas.
"Deverá ser uma transição muito uniforme. Obama não será um presidente que irá contra a China", disse o professor David Zweig, um especialista em relações exteriores com a China, na Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong. Em contraste, ele disse, as campanhas dos últimos quatro presidentes dos EUA, com a exceção de George Herbert W. Bush, o Bush pai, todas tiveram palavras duras para a China. "Essa poderá ser a mais uniforme transição desde 1980", disse Zweig.
A necessidade de persuadir a China e incluí-la nos esforços globais para enfrentar a crise financeira mundial poderá forçar Obama a silenciar as críticas em outros assuntos, dizem observadores.
"Obama não tentará apresentar a China em termos negativos", disse Bahukutumbi Raman, um especialista do Centro Chennai da Índia para estudos sobre a China.
Tibete
Embora o presidente George W. Bush tenha irritado os chineses ao se encontrar com o dalai-lama, líder espiritual do Tibete, no ano passado, a atual administração teve uma relação fluida com a China em outros assuntos.
As críticas à política monetária da China que, acredita-se, dá grandes vantagens aos exportadores chineses foram feitas várias vezes, embora de maneira polida.
Bush, como outros líderes mundiais, insistiu em comparecer à abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim de 2008, apesar da forte repressão chinesa ao levante tibetano no começo deste ano.
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