Nova Iorque O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, disse não acreditar que a morte do líder da Al Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, em um ataque militar norte-americano, viole a convenção de Genebra em matéria de assassinatos seletivos.
"O Iraque é uma zona de guerra. Há muitos grupos brigando entre si e Zarqawi era um dos que estavam nesta guerra, por isso não acho que se possa equiparar sua morte com um assassinato seletivo", disse Annan em declarações à imprensa.
O secretário-geral da ONU lembrou que Zarqawi não só foi responsável por "crimes horrendos", mas que além disso causou muitos problemas ao governo e ao povo iraquiano, razão pela qual "os iraquianos sentirão alívio pela morte". É encorajador, disse, que um homem "tão cruel e perigoso, que causou tanto dano aos iraquianos, não possa mais seguir com seu trabalho".
Os Estados Unidos seguem procurando líderes da Al Qaeda. Agora as principais figuras são Bin Laden e seu braço direito, o egípcio Ayman Zawahiri, foragidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Os especialistas acreditam que eles estejam escondidos nas regiões montanhosas que separam o Afeganistão do Paquistão. Essa fronteira atravessa em 1,5 mil quilômetros as regiões pachtunes, povoadas por tribos radicalmente autônomas, que constituíram a ponta-de-lança do regime Taleban, que comandou o Afeganistão de 1996 ao fim de 2001.
Essas tribos, sunitas e conservadoras, possuem um código de honra que as obriga a dar hospitalidade aos fugitivos. Para alguns especialistas, os Estados Unidos não sabem onde Bin Laden se esconde.
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