Ao marcar o quarto aniversário da guerra no Iraque, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, advertiu os norte-americanos na segunda-feira que uma retirada precipitada das tropas teria consequências ''devastadoras'' para a segurança dos EUA.
Com a popularidade num dos pontos mais baixos desde que assumiu a Presidência, Bush defendeu sua política em relação ao Iraque para uma opinião pública cada vez mais contrária à guerra, e principalmente à sua intenção de enviar mais quase 30 mil soldados.
Num pronunciamento pela TV direto da Casa Branca, Bush pediu paciência aos norte-americanos, reconhecendo que ainda virão dias ruins pela frente.
Os insurgentes mantiveram a pressão no Iraque, com ataques a bomba em Kirkuk e Bagdá. O Iraque continua mergulhado na violência com motivações sectárias.
``Quatro anos após o início da guerra, a luta é dura, mas pode ser vencida'', disse Bush. ``Ela será vencida se tivermos a coragem e a determinação para concluí-la.''
``Pode ser tentador olhar para os desafios no Iraque e concluir que nossa melhor opção é fazer as malas e ir embora. Isso pode ser satisfatório no curto prazo, mas acredito que as consequências para a segurança americana seriam devastadoras'', completou ele.
A Câmara dos Deputados está se preparando para debater uma proposta que condicionaria a aprovação de verbas emergenciais de guerra à retirada das tropas até setembro de 2008. Bush já ameaçou vetar uma medida desse tipo.
Manifestantes fizeram protestos contra a guerra em Washington e em outras cidades dos EUA no fim de semana.
A frustração dos norte-americanos com a guerra já levou à vitória dos democratas nas eleições parlamentares de novembro passado, e a aprovação popular a Bush está próxima dos 30 por cento.
Mais de 3.200 soldados norte-americanos já morreram no Iraque, além de milhares de iraquianos.
Na segunda-feira, dois carros-bomba e quatro bombas de beira de estrada mataram pelo menos 12 pessoas em Kirkuk, segundo o brigadeiro Sarhat Qader. No centro de Bagdá, uma bomba explodiu numa mesquita xiita e matou quatro pessoas, de acordo com a polícia.
Uma nova pesquisa mostrou que quatro de cada cinco iraquianos não tem ou tem pouca confiança nas forças lideradas pelos EUA, e a maioria acha que a presença delas está agravando a situação. Mesmo assim, apenas um terço dos entrevistados é favorável à saída imediata das tropas.
A pesquisa, encomendada pela BBC, ABC News, ARD e USA Today, indicou que os iraquianos estão menos otimistas se comparado com uma pesquisa semelhante de 2005.
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