A China acusou o presidente dos EUA, Barack Obama, de arranhar os laços entre os dois países ao se reunir com o Dalai Lama e alegou que agora cabe ao governo norte-americano reparar as relações bilaterais. O país, no entanto, suspendeu as ameaças de retaliação.

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Apesar da pressão chinesa que antecedeu ao encontro, Obama recebeu na quinta-feira o Dalai Lama na Casa Branca.

Em nota após o encontro de quase uma hora, a Casa Branca disse que Obama "elogiou o compromisso do Dalai Lama com a não violência e sua busca pelo diálogo com o governo chinês", e que ambos "concordaram quanto à importância de uma relação positiva e cooperativa entre os Estados Unidos e a China."

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O governo chinês respondeu ao encontro com a veemência esperada, mas não mencionou nenhuma retaliação capaz de agravar as diferenças entre as duas potências.

"A ação dos EUA representa interferência séria em assuntos internos chineses e atingiu seriamente o povo chinês e danificou seriamente as relações China-EUA", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês Ma Zhaoxu em comunicado divulgado no site ministerial (www.mfa.gov.cn).

As relações entre China e EUA passam por um momento conturbado também devido a outras questões, como censura na Internet, política cambial e a venda de armas dos EUA a Taiwan.

A China acusa o Dalai Lama de pregar o separatismo tibetano, embora o líder budista, exilado na Índia desde 1959, afirme defender apenas mais autonomia para a sua região.

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