Após quatro semanas de protestos turbulentos contra um aumento nos impostos de combustíveis, os custos de vida e outras questões, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou um aumento de 100 euros no salário mínimo mensal em 2019. Falando à nação em um pronunciamento pela televisão, Macron disse que a raiva dos manifestantes era “profunda, e legítima de muitas maneiras”.
Um aumento de impostos para aposentados de baixa renda que estava planejado foi cancelado, e os empregadores serão solicitados e pagar um bônus de fim de ano livre de impostos aos empregados, segundo a BBC.
Macron reconheceu que muitas pessoas estão infelizes com as condições de vida no país, e que elas sentiam que não estavam sendo ouvidas. "Em 18 meses, não consegui dar uma resposta ao mal-estar dos últimos 40 anos. Sei que algumas das coisas que eu disse machucaram as pessoas", disse, em pronunciamento à nação.
Reunião
Emmanuel Macron passou quatro horas desta segunda-feira (10) reunidos com líderes de sindicatos e de empresas. Até o fim da reunião, ele não havia dados indicações sobre como planejava lidar com a maior crise política de sua presidência.
As manifestações começaram no mês passado como um protesto contra um aumento nos impostos de combustíveis fósseis, mas se transformaram em um movimento mais abrangente. A popularidade de Macron despencou em meio à crise.
Em Paris, confrontos com a polícia levaram a cerca de 1.000 prisões neste sábado (8), mas as cenas de violência – que incluíram vandalismo do Arco do Triunfo – não se repetiram neste fim de semana.
