O presidente Luiz Inácio Lula da Silva perdeu uma "chance de ouro" de tratar da questão do Irã com os cinco membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha (o chamado P5+1), ao se ausentar do encontro de cúpula do G-20, o grupo das principais economias desenvolvidas e emergentes, concluído ontem em Toronto. Na avaliação de uma fonte do governo americano, a oportunidade de uma conversa informal e franca entre os líderes do Brasil e dos Estados Unidos sobre o Irã dificilmente será repetida.
Ao se manter em Brasília para coordenar as ações no Nordeste, atingido pelas chuvas nas últimas semanas, Lula ainda deixou de figurar entre Índia e China na liderança das demandas dos emergentes. O espaço que deixou vago no G-20 foi ocupado pelos aliados do Brasil nessas duas frentes da diplomacia de Lula.
O presidente dos EUA, Barack Obama, reuniu-se na noite de sábado com o primeiro-ministro da Turquia, Recep Erdogan. Segundo a assessoria de imprensa da Casa Branca, "como aliados" os dois líderes tiveram uma discussão "abrangente e franca" sobre o programa nuclear iraniano e outros temas do Oriente Médio. O encontro, salientou a mesma fonte, poderia ter sido ampliado, com a presença de Lula e de outros líderes do P5+1. "Quando vamos achar um ambiente tão favorável a uma reunião informal?", lamentou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”