Caso as tentativas de resfriamento do reator nuclear continuem a falhar o risco de derretimento do núcleo de urânio existe, mas não causaria nenhum tipo mais grave de explosão. É o que afirmam especialistas em energia nuclear.

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Segundo o físico Renato Viana, da UFPR, a situação exige cuidados, mas não é alarmante. O derretimento do núcleo é a última etapa do processo de superaquecimento.

O dano seria causado primeiro às varetas de combustível, e em seguida o urânio derreteria juntamente com a base do contêi­­­ner. "Esse vazamento afetaria o solo e lençóis freáticos, mas não há como o reator explodir", explica.

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O professor da UTFPR Sergai Anatolyevich Paschuk também rejeita previsões catastróficas. "É um erro comparar com casos como o de Chernobyl; as usinas japonesas são muito diferentes e não usam carbono", diz o físico, apontando a substância como o principal responsável pela tragédia em 1986, na Ucrânia.

Os últimos relatórios da Agência Internacional de Ener­gia Atômica (AIEA) excluem todo o risco de um novo incêndio nas atuais circunstâncias e apontam como perigo real o espalhamento de iodo e césio pelo ar e pela água, o que já acontece por meio do vapor expelido pelo contêiner do reator.

Sobre as substâncias, Viana afirma que em pequenas quantidades nenhuma delas traz graves consequências.

"A contaminação é cumulativa, depende do tempo de exposição e pode ser evitada com uso de pastilhas de iodo".

A medicação já é distribuída pelo governo japonês a bombeiros e pessoas que trabalham no local.

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