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Em Damasco

Para França, ataque a embaixada foi ação profissional

O embaixador da França Eric Chevallier relatou à rede pública France Télévision as agressões contra a embaixada em Damasco. "Sofremos um assalto durante três horas e meia. As pessoas que atacaram a embaixada e a residência eram muito bem treinadas e nada tinham a ver com os manifestantes", afirmou.

Ontem, supostos simpatizantes do presidente sírio, Bashar Assad, invadiram a embaixada americana e atacaram a representação francesa em Damasco. Os manifestantes estariam irritados com a visita dos embaixadores dos EUA e da França à cidade de Hama na sexta-feira para acompanhar os protestos contra o líder sírio. A cidade - conhecida por ter sido alvo de um massacre lançado por Hafez Assad, pai de Bashar, nos anos 80 - transformou-se no centro dos protestos da oposição e alvo de dura repressão das forças de Damasco.

Segundo Eric Chevallier, os agressores tentaram quebrar os vidros blindados e invadir o prédio, mas não tiveram sucesso. Além disso, teriam destruído um dos veículos oficiais. "Foi necessário que uma das pessoas da segurança da embaixada disparasse tiros de advertência para dispersar a multidão, pois eles estavam entrando", justificou o diplomata.

De acordo com Chevallier, três integrantes do serviço de segurança ficaram feridos. Símbolos nacionais, como a bandeira da França, também foram queimados pelos manifestantes. Fotos do presidente Bashar Assad e bandeiras da Síria foram afixadas na fachada do prédio.

Em Paris, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Bernard Valero, convocou a imprensa para denunciar novos ataques sofridos no final da tarde. "A França condena com a maior energia esses atos, que vão de encontro de maneira flagrante às obrigações da Síria no que diz respeito ao direito internacional", afirmou. A embaixadora da Síria em Paris foi convocada para dar esclarecimentos sobre as agressões.

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