Jerusalém As críticas da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o uso por parte de Israel de bombas de fragmentação no final do conflito no Líbano são "hipócritas" e fogem à realidade, disse ontem o chefe do Escritório de Imprensa do Estado judeu, Daniel Seaman. Ele garantiu que Israel respeitou a legalidade internacional durante o conflito, que deixou 1,3 mil mortos, mais de 90% do lado libanês.
Segundo o subsecretário-geral de Assuntos Humanitários da ONU, Jan Egeland, no entanto, Israel usou bombas de fragmentação depois de o cessar-fogo em vigor há duas semanas ter sido acertado, em sua ofensiva contra o Hezbollah. Egeland classificou como "imoral" o procedimento. As bombas de fragmentação agora oferecem risco aos civis em cerca de 400 locais do território libanês.
O chefe do Escritório de Imprensa de Israel disse que essas bombas não estão proibidas para uso contra alvos militares. Israel, acrescentou, não disparou intencionalmente contra zonas povoadas, mas contra zonas de lançamento de foguetes do Hezbollah.