Os presidentes do Brasil e da Rússia divergiram hoje em relação à perspectiva de acordo sobre a questão nuclear no Irã. Para o presidente russo, Dmitri Medvedev, as chances "com otimismo" são de 30%. Já presidente Luiz Inácio Lula da Silva fala em 99,9% e atribui a ele mesmo a responsabilidade caso não haja êxito na negociação. "Se não der certo, talvez seja falha minha" disse.
Lula afirmou que no encontro que terá com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, vai falar em nome do presidente russo e dizer que é importante se chegar a um acordo. "Temos de fazer um sacrifício", declarou o brasileiro, ao acrescentar que não vê razão para o acordo não sair.
"Vou com a convicção de que vamos encontrar um acordo. Mas se isso não for possível, voltarei para a casa feliz, porque não fui omisso, e acreditei que todos poderíamos ganhar. Se ontem era otimista, hoje estou muito mais", disse. Lula e Medvedev falaram com a imprensa após encontro reservado, assinatura de atos e almoço, no Kremlin.
"Vou tentar usar tudo o que aprendi na política para convencer o meu amigo Ahmadinejad que aceite o acordo." Na opinião do presidente brasileiro, começar rapidamente a punição ao Irã seria um equívoco. Ele observou que é importante que não se repita o mesmo erro que ocorreu no Iraque, "porque precisamos de um mundo de paz e não de guerra".
Regulamentação no STF pode redefinir regras da Internet e acirrar debate sobre liberdade
Áudios vazados: militares reclamam que Bolsonaro não assinou “golpe”; acompanhe o Entrelinhas
Professor, pupilo de Mujica e fã de Che Guevara: quem é Yamandú Orsi, presidente eleito do Uruguai
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes