Os Estados Unidos estão preparados para ter uma mulher presidente, disse a primeira-dama Michelle Obama, em entrevista concedida à revista "Parade", que antecipou trechos da conversa que vai para as bancas no fim de semana.
"Sim, acho que o país está pronto para isso. É simplesmente uma questão de quem é a melhor pessoa para o posto", respondeu Michelle ao ser perguntada sobre uma possível presidência feminina nas próximas eleições, e negou que planeje se apresentar como candidata.
A primeira-dama não quis especular sobre Hillary Clinton ser a possível futura presidente americana, já que ela ainda "não anunciou nada", mas demonstrou confiança nas capacidades da ex-secretária de Estado caso ela decida concorrer pela presidência.
A primeira-dama também foi perguntada pelo legado de Martin Luther King, cujo discurso histórico completa cinquenta anos agora, e disse considerar que o trabalho de Luther King ajudou a permitir que os Estados Unidos tenham hoje um presidente negro.
"As crianças nascidas nos últimos oito anos, só conhecem um homem, que é negro, como presidente dos Estados Unidos", disse. "Isso muda a perspectiva para todas nossas crianças, sem importar raça, gênero ou orientação sexual. Abre suas mentes. E aí é onde a mudança acontece", disse.
Michelle falou também sobre sua recente viagem à África junto do marido, quando visitou a ilha de Robben, onde o ex-presidente sul-africano e Nobel da Paz, Nelson Mandela, ficou preso. "Mandela levou muito a sério muitas das lições de Martin Luther King", disse.
"Ter nos Estados Unidos um presidente negro, influenciado por Luther King e (a existência de) Mandela, são razões para ter esperança em tudo o que o líder negro sacrificou para realizar seu sonho", concluiu a primeira-dama.
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