Pinheiros Guimarães renunciou ao Mercosul| Foto: Eduardo Martins/AE

Héctor Timerman, o ministro de Relações Exteriores da Argentina, concedeu uma entrevista na noite de ontem dentro do Centro de Prensa Internacional, o complexo montado em Mendoza para os jornalistas que cobrem a reunião da cúpula do Mercosul.

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Um dos tópicos abordados pelo ministro argentino teve a ver com a suposta facilidade que a Venezuela teria para entrar no bloco do Mercosul agora que o único país que vetava a sua entrada, o Paraguai, está suspenso.

"A situação do Paraguai não altera a situação da Ve­­nezuela. São dois assuntos distintos", disse Timerman. Ele se referiu à suspensão dos paraguaios e também à entrada dos venezuelanos como "projetos" e destacou que um dos objetivos do bloco sul-americano é incrementar o comércio na região.

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"Nenhum país quer que o povo paraguaio sofra consequências", disse Timerman, descartando também as sanções econômicas.

Mais cedo, o senador uruguaio Alberto Curiel, um dos participantes da cúpula do Mercosul, falou à Gazeta do Povo defendendo que as acusações feitas pelos parlamentares paraguaios ao então presidente Fernando Lugo "não têm fundamento". "É imprescindível que a democracia exista", disse ele.

Renúncia

O alto-representante geral do Mercosul, Samuel Pi­­nheiro Guimarães, anunciou ontem, durante a cúpula do Mercosul, que renuncia ao cargo por causa da falta de apoio para os projetos que defende.

Depois, algumas informações desencontradas circularam durante o evento em Mendoza sobre quem de­­­­veria assumir o lugar de Guimarães. Não houve nenhuma informação oficial a respeito disso.

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O diplomata carioca trabalha no Itamaraty desde 2003 e assumiu o posto no Mercosul no início do ano passado, com o compromisso de articular políticas e elaborar projetos que defendessem os interesses comuns do bloco.