Gafe
Espanha critica Romney por citar país como exemplo negativo
A vice-presidente de governo da Espanha, Soraya Sáenz de Santamaría, criticou ontem o republicano Mitt Romney porque ele disse que não gostaria de seguir o caminho espanhol na crise financeira.
Perguntada sobre a declaração do americano, ela atribuiu a frase sobre o país ao desconhecimento da realidade espanhola, que disse ter potenciais.
Ela anunciou que o executivo do país ibérico exibirá o esforço conjunto das administrações e dos cidadãos para contornar a crise econômica, que disse terem superado "momentos muito difíceis". "Nesse sentido, temos pouca inveja dos outros povos, incluindo o americano. Aqui temos muita capacidade, muita vontade de trabalhar. Fizeram muitos esforços e diminuímos muito a diferença per capita com o modelo americano", disse.
A vice-premiê também lembrou o orgulho dos espanhóis por seu estado de bem estar. "A Espanha é um dos países que mais cresceram em renda per capita nos últimos 50 anos e tem algumas das melhores empresas do mundo".
De acordo com relatório do Departamento de Trabalho divulgado ontem, houve saldo positivo em 114 mil postos de trabalho na relação entre contratações e demissões no setor privado no último mês.
O maior impulso ao emprego foi dado pelo setor de serviços, em áreas como saúde, transporte e armazenamento, com 61 mil trabalhos em setembro.
Em compensação, as principais indústrias americanas registraram saldo negativo, com 16 mil vagas a menos. Também houve perdas na área de eletroeletrônicos e impressão. Com isso, o número absoluto de desempregados chegou a 12,1 milhões, sendo reduzido em 456 mil durante setembro.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou ontem que a queda das taxas de desemprego são prova de que o governo já avançou muito na solução da crise econômica e que é muito tarde para voltar atrás nas mudanças implementadas.
"Mais americanos entraram na força de trabalho, mais pessoas estão conseguindo trabalho, mas temos que lembrar que ainda temos muitos amigos que procuram emprego", disse o presidente.
As declarações foram uma resposta ao candidato republicano Mitt Romney, que propôs mudanças, como a redução de impostos para grandes empresas e o fim da reforma da saúde, como forma de reativar a economia e gerar mais empregos.
O porcentual de pessoas sem trabalho nos EUA chegou a 7,8%, nível mais baixo desde janeiro de 2009, primeiro mês de mandato do democrata. O número é três décimos menor que o registrado em agosto.
A baixa geração de postos de trabalho é apontada pelos republicanos como um dos principais problemas do governo de Obama e é enfatizada pelo candidato Mitt Romney.
"Essa não é uma recuperação real", disse Romney, sobre os números divulgados ontem. "Nós criamos menos empregos em setembro do que em agosto, e menos empregos em agosto do que em julho. Perdemos 600 mil vagas na indústria manufatureira desde que o presidente Obama assumiu."
Romney se pronunciou enquanto viajava para Abingdon, no estado da Virgínia, onde realizará um ato de campanha. "Se não fosse pelas pessoas que deixaram de ser parte da população ativa, a taxa real de desemprego seria de 11%", disse.
A taxa de desemprego tem sido uma das principais armas de Romney na campanha.
Os dados atuais são a marca mais baixa registrada desde janeiro de 2009, mês de início do mandato do presidente Barack Obama, e podem dar impulso à candidatura do democrata à eleição em 6 de novembro.
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