O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, dirigiu críticas duras ao presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, em uma tentativa de pressionar os republicanos a aprovarem um Orçamento temporário e reverter a paralisação parcial do governo, que entra hoje no quarto dia.
Segundo Obama, muitos deputados republicanos querem reverter a paralisação, mas Boehner não coloca o projeto em votação, com receio de contrariar a ala mais radical do partido, o chamado Tea Party.
"O Congresso precisa aprovar o Orçamento, sem condições atreladas. Existem democratas e republicanos suficientes na Câmara para aprovar o projeto que já passou pelo Senado", disse Obama em um discurso para trabalhadores de uma empresa no Estado de Maryland. "Se Boehner colocar o projeto de financiamento em votação, a paralisação pode acabar."
Obama alertou para o perigo do impasse no Congresso impedir uma elevação do teto da dívida, algo que precisa ocorrer até 17 de outubro, quando o Tesouro deve exaurir todas as medidas extraordinárias adotadas para evitar que a dívida do governo ultrapasse o limite legal. "Não pagar nossas contas não reduz nossa dívida, só nos torna inconfiáveis", afirmou. O presidente disse que não haverá barganhas na negociação sobre o teto da dívida.
Segundo o presidente, um default dos EUA seria catastrófico. Mesmo assim, Obama disse acreditar que, em última instância, o bom senso vai prevalecer.