A Casa Branca afirmou ontem que os EUA acreditam que Edward Snowden ainda está na Rússia. O técnico foi o responsável por revelar o esquema de monitoramento de dados de usuários de internet e telefonemas pelo governo americano.
Segundo o WikiLeaks, Snowden chegou a Moscou na noite de domingo, após passar 20 dias em Hong Kong. O fundador da entidade, Julian Assange, afirma que ele está a caminho do Equador e recebeu o documento de saída que permitiu a viagem do governo do país sul-americano.
O porta-voz do governo americano, Jay Carney, pediu a Moscou que extradite o delator, que foi imputado com três acusações de espionagem e roubo da propriedade federal.
Carney criticou a China e Hong Kong por terem autorizado a liberação de Snowden. Para Carney, a saída do delator foi "um regresso na relação de confiança mútua com a China" e disse que as autoridades locais foram avisadas sobre a ilegalidade da viagem.
"Não aceitamos a versão de que foi uma decisão técnica do Departamento de Imigração de Hong Kong. Essa decisão inquestionavelmente afeta a relação entre China e EUA".
Mais cedo, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou não saber quais são os planos de viagem do técnico de informática. Ele disse ainda que ficaria "profundamente preocupado" se souber que Pequim e Moscou tinham informações sobre as movimentações do delator.
O paradeiro de Snowden é desconhecido. Ele está foragido desde sábado, quando os EUA pediram sua extradição para que ele fosse processado pelo vazamento das informações da Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês). Segundo o WikiLeaks, Snowden saiu de Hong Kong no domingo com destino a Moscou.
Ontem, Julian Assange disse que o delator está a salvo e a caminho do Equador, país para o qual pediu o asilo diplomático. O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, disse que avalia o pedido. A rota não foi divulgada pelo fundador do WikiLeaks nem pelo chanceler.
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