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A influência do líder palestino Mahmoud Abbas, que tem o apoio dos Estados Unidos, pode ter diminuído depois da guerra em Gaza, mas muitos palestinos na Cisjordânia ocupada não acham que isso necessariamente signifique um apoio maior para o Hamas.

"Estamos inquietos. É difícil confiar em Abbas depois do que aconteceu em Gaza e é ainda mais difícil para nós acreditar no projeto do Hamas", disse Abu Ahmed al-Nazer, 42, professora primária em Hebron. "Abbas não fez nada por seu povo em Gaza durante a guerra, enquanto o Hamas declarou vitória sobre os corpos de crianças inocentes".

O Hamas, grupo islâmico que rejeita os pedidos ocidentais para que reconheça a existência de Israel, assumiu o controle da Faixa de Gaza, tomando-o da facção Fatah, de Abbas, durante combates em 2007.

Israel lançou a ofensiva declarando que o objetivo era fazer o Hamas parar de lançar foguetes contra as comunidades do sul de Israel.

Cerca de 1300 palestinos, dentre os quais pelo menos 700 eram civis, foram mortos na ofensiva que durou 22 dias -- enquanto, do lado de Israel, houve apenas 10 soldados e três civis mortos.

Analistas dizem que a crise enfraqueceu o poder de Abbas entre os palestinos e pode fazer com que a Cisjordânia reconsidere a opção de uma luta armada contra Israel.

"Algumas pessoas olham para Gaza como uma alternativa que devemos considerar se podemos utilizar se o processo de paz não der em lugar nenhum", disse o cientista político Bassem Izbedi.

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