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O governo do Paraguai alega que a coordenação das atividades do Exército do Povo Paraguaio (EPP) está ocorrendo a partir do território brasileiro e leva o caso à ONU. Segunda-feira (26), Assunção fará uma ofensiva diplomática na ONU em Genebra para que o status de refugiado dado a três paraguaios pelo Brasil seja revisto. A diplomacia paraguaia vai pedir oficialmente a intervenção da ONU para que o Brasil modifique sua posição e que explique porque concedeu status de refugiados a essas pessoas, o que implica uma proteção.

Na sexta-feira, a Câmara dos Deputados do Paraguai aprovou pedido do governo de decretar estado de exceção em cinco departamentos. O pedido foi feito pelo presidente Fernando Lugo após a morte de quatro pessoas, na última quarta-feira, numa emboscada atribuída ao EPP.

O governo paraguaio alega que os três refugiados em questão - Juan Arrom, Anuncio Marti e Victor Colman - teriam usado o território brasileiro para formar a coordenação do Exército do Povo Paraguaio, administrando a partir do Brasil sequestros e assassinatos.

Segundo as autoridades de Assunção, os refugiados já teriam sido condenados por sequestros e crimes no país e o Brasil estaria violando as Convenções de Genebra sobre Refugiados ao conceder o benefício e a proteção aos três paraguaios. A Convenção de Genebra de 1951 estabelece as regras que governos devem seguir para dar status de refugiado a cidadãos estrangeiros. "Existem motivos para o cancelamento ou a não renovação imediata do status de refugiado de Arrom, Marti e Colman, argumentando que existem fatos demonstrados com documentos que testemunham que os mesmos não estão em condições de ter tal proteção jurídica, conforme o direito internacional", afirma o documento que o Paraguai pretende entregar à ONU.

Uma das provas que o Paraguai apresentará à ONU é de que os três refugiados mantiveram relações com as Farc, na Colômbia.

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