Principal figura do espaço liberal-conservador na Polônia nas últimas décadas, Donald Tusk, de 66 anos, primeiro-ministro polonês, disse em entrevista a jornalistas europeus em seu escritório em Varsóvia, capital do país, acreditar que qualquer cenário é possível em relação a guerra entre Rússia e Ucrânia. Ele afirma que, por mais que que pareça devastador para novas gerações, talvez seja preciso se acostumar mentalmente a uma nova era.
Para Tusk, proteger a Ucrânia é uma tarefa da Europa e os países não podem ficar à mercê das iniciativas do governo americano na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Segundo ele, para provar autossuficiência no que diz respeito à defesa territorial.
"Estamos em uma era pré-guerra e não estou exagerando. Isso está se tornando mais evidente a cada dia. Independentemente de Joe Biden ou Donald Trump vencerem a próxima eleição nos Estados Unidos, é a Europa que precisa fazer mais no que diz respeito à Defesa", explicou.
Na visão do premier, a Europa precisa gastar o máximo que puder com equipamentos e munição para a Ucrânia, diante do "momento mais crítico desde o fim da Segunda Guerra Mundial".
"Os próximos dois anos decidirão tudo. Se a Ucrânia perder, ninguém na Europa poderá se sentir seguro", disse Tusk.
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