Durante o tradicional encontro político chamado de "Duas Sessões" na Assembleia Nacional Popular, o parlamento do Partido Comunista Chinês (PCCh), que aconteceu durante essa semana em Pequim, o regime de Xi Jinping aumentou seus esforços para impedir que os usuários de internet local acessassem páginas da web que são proibidas no país asiático, como o Google e sites de notícias estrangeiros.
Segundo informações do portal argentino Infobae, o regime chinês usou programas de censura, remoção de hashtags (inclusive das que falavam sobre a situação econômica do país), cancelamento de VPNs e bloqueio de temas sensíveis na rede social Weibo, a mais usada pelos chineses.
A China já é conhecida por operar uma das redes de censuras na internet mais fortes do mundo, conhecida como o “Grande Firewall”. Para tentar acessar o conteúdo externo, que está fora do alcance da censura do Partido Comunista, é necessário o uso de redes privadas virtuais (VPNs), no entanto, durante o encontro político que ocorreu na Assembleia Nacional Popular, foi relatado que os programas de VPN tiveram dificuldades para burlar as restrições impostas no país, e as desconexões se tornaram mais frequentes.
Um representante de um serviço de VPN disse à Agência France-Presse (AFP), que “atualmente há mais censura por causa das reuniões políticas na China”.
O encontro, que faz parte da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, é uma reunião anual onde os líderes nacionais discutem a agenda política do ano em curso.
Segundo o Infobae, neste ano, o ditador Xi declarou que o controle do Partido Comunista sobre a internet foi “fortalecido” e que é crucial que o Estado "governe o ciberespaço". Além disso, a segurança foi reforçada em toda a capital, com agentes de segurança que percorriam as ruas com cães farejadores e voluntários com braceletes vermelhos que monitoravam os pedestres.
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