O escritor peruano Mario Vargas Llosa convocou a população latino-americana nesta segunda-feira, ao receber a medalha ao Mérito Nacional do Estado equatoriano, em Quito, a entender a riqueza do conceito de liberdade e que o comunismo acabou.
Em uma homenagem no Palácio Carondelet, o Prêmio Nobel de Literatura de 2010 declarou que no continente ainda há "compatriotas" que não entenderam que o comunismo é "uma fantasia que desapareceu devido à incapacidade absoluta de satisfazer as necessidades mais básicas das pessoas que acreditavam nele".
Vargas Llosa citou três países que teriam sido exemplos de nações comunistas e agora vivem outro regime: a Rússia, que o escritor definiu como um "capitalismo de camaradagem"; a China, "um país capitalista de homens de negócios que permanecem mudos diante das loucuras do poder"; e Cuba, "onde milhares tomam as ruas para exigir a comida e o trabalho que não têm, desafiando a prisão".
Depois disso, o Nobel citou a Venezuela, que ele descreveu como "um dos países mais ricos, que agora expulsa 5 milhões de pessoas para que não morram de fome", e na Nicarágua do "Comandante Ortega", que "vence as eleições porque coloca todos os seus adversários na cadeia".
Em seguida, Vargas Llosa elogiou o caminho percorrido pelo Equador ao eleger Guillermo Lasso, de direita, como presidente. Segundo ele, outros países precisam seguir esse exemplo. "Aí então começarão a trabalhar nessa realidade diária na qual as coisas podem ser mudadas", previu.
O escritor discursou depois de ter recebido a medalha da Ordem Nacional do Mérito na categoria de Grande Cruz das mãos de Lasso. Os dois são amigos pessoais e correligionários, e o chefe de Estado enalteceu Vargas Llosa como um "latino-americano universal" que, como um "liberal", está em um momento de "rebeldia".
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