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Zaida Arce, 58, teve um infarto em maio. Na semana passada, teve outro. “Quando o médico veio me ver, disse: ‘Faça o que quiser comigo, mas me mantenha aqui até eu ver o papa’“, conta.

Promessa cumprida. Zaida é uma das 3.000 pessoas que conseguiram assistir à primeira missa do papa Francisco em Nova York, nesta quinta-feira (24), na catedral de São Patrício, um dos cartões-postais da cidade.

A famosa Quinta Avenida está bloqueada, multidões se acumulam fora da igreja. Quem está dentro se sente sortudo.

“Pensava: ‘Quem sou eu?’. Não conheço ninguém importante. Estava muito feliz por quem viria. Tinha me conformado com apertar o braço de um deles”, conta Cheryl Jenkins, 51, amiga de Zaida que veio como sua convidada.

A confirmação chegou poucos dias atrás. O chororô emocionado ainda não cessou.

Zaida disse que seu médico, mesmo sendo judeu, ficou se gabando por por ter visto pessoalmente o papa João Paulo 2°. “É o jeito dele de controlar a minha ansiedade”, brinca.

Mike Dressler, 63, também viu João Paulo 2° pessoalmente, assim como Paulo 6° e Bento 16. Mas Francisco é o seu maior ídolo.

Cadeirante, Mike trouxe o irmão para acompanhá-lo. Ambos moram em Nova Jersey. Chegaram a Nova York cinco horas antes de a missa começar, prevista para as 19h45 (horário de Brasília).

Para conseguir o feito de ser escolhido, Mike resolveu escrever uma carta à mão ao monsenhor da catedral. “Achei que seria mais efetivo”, explica.

Para ele, o papa está fazendo história na Igreja Católica. “Ele é diferente dos anteriores. Está sacudindo as coisas.”

“Estar aqui hoje é o auge da minha vida”, comemora.

A poucas horas de o papa chegar, pessoas puxam papo umas com as outras, freiras rezam. O clima é de excitação.

Quando um passarinho passou de rasteira em cima de alguns assentos, um homem sugeriu: “Talvez seja o Espírito Santo!”.

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