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Eleições presidenciais

Paraguai amanhece com protestos após políticos pedirem recontagem de votos

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Um policial vigia cidadãos insatisfeitos com o resultado das eleições presidenciais no Paraguai, durante um protesto em Assunção. (Foto: EFE / Raul Martinez)

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O Paraguai amanheceu nesta terça-feira (2) com protestos em diferentes partes do país. Ex-candidatos da oposição e independentes exigem uma contagem manual e uma auditoria do sistema de votação eletrônica utilizado pela primeira vez nas eleições gerais do último domingo. Segundo a Polícia Nacional, 42 pessoas foram presas até o momento.

O clima após as eleições, nas quais o governista Santiago Peña venceu e o Partido Colorado obteve uma maioria significativa no Senado e nos departamentos, ficou tenso depois que o ex-candidato independente e antissistema Paraguayo Cubas denunciou uma suposta "fraude" e seus apoiadores começaram a protestar.

Cubas, cuja força independente se tornou a terceira maior do país, foi acompanhado por apelos do liberal Efraín Alegre e do ex-ministro das Relações Exteriores Euclides Acevedo, que ficaram em segundo e quarto lugares, respectivamente, nas eleições presidenciais.

Em sua conta no Twitter, Alegre pediu a "uma contagem manual imediata de 10% das mesas de voto selecionadas aleatoriamente em cada assembleia de voto em todo o país" e "uma auditoria internacional independente do software do sistema informático utilizado" nas eleições.

Na mesma linha, Acevedo, também através do Twitter, pediu uma "auditoria informática de 10% das urnas eletrônicas, com a presença de uma consultoria internacional especializada" e a "contagem manual das cédulas de voto, uma a uma".

O senador progressista e ex-candidato a vice-presidente Jorge Querey indicou na mesma rede social que existem "queixas suficientes para revisar a apuração dos resultados eleitorais".

"Rever, e se necessário, novas eleições", acrescentou Querey, que foi companheiro de chapa de Acevedo.

Desde segunda-feira, os apoiadores de Cubas percorreram algumas partes de Assunção, especialmente o centro histórico, e ao fim do dia se reuniram nas imediações do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral (TSJE), que continua militarizado.

O comandante da Polícia Nacional, Gilberto Fleitas, disse à rádio "ABC Cardinal" nesta terça-feira que cerca de 60 pontos de protesto foram registrados em todo o país. Ele também confirmou a prisão de 42 pessoas, incluindo 15 no departamento de Guairá, cinco em Amambay e o restante em Assunção.

Entre outros, descreveu como os "pontos mais quentes" a sede do órgão eleitoral em Assunção e Ciudad del Este, na fronteira com Brasil e Argentina.

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