A chancelaria do Paraguai criticou nesta sexta-feira (30) a Unasul por manter sua sanção contra o governo de Federico Franco, e ironizou ao afirmar que o prazo da medida deve constar de algum "documento secreto", após a cúpula do grupo realizada em Lima.

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"Devemos supor que está registrado em algum instrumento de caráter secreto", alfinetou a chancelaria, ao recordar que o prazo de suspensão do Paraguai não figura na decisão adotada pelos presidentes do bloco sul-americano em 29 de junho passado, na cidade argentina de Mendoza.

Os presidentes da União das Nações Sul-Americanas ratificaram nesta sexta-feira, em Lima, que a suspensão do governo de Federico Franco permanecerá até as eleições presidenciais paraguaias de 21 de abril de 2013.

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"A decisão da Unasul não causa surpresa alguma no governo do Paraguai", destacou a chancelaria, lembrando as declarações do assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, antes da reunião em Lima.

Segundo o Paraguai, a cúpula em Lima "foi apenas uma fachada para ocultar a verdadeira intenção de dar apoio político à suspensão ilegal e ilegítima do Paraguai no Mercosul".

Na cúpula de Mendoza, os demais membros originais do Mercosul (Brasil, Argentina e Uruguai) suspenderam o Paraguai como represália pelo impeachment do então presidente Fernando Lugo. A decisão permitiu a entrada da Venezuela como membro pleno do bloco, cujo ingresso era barrado pelo Senado paraguaio.