O Paraguai disse neste sábado (15) que apresentou um protesto formal contra a decisão do Mercosul de suspender o país após a destituição do ex-presidente Fernando Lugo, no fim de junho, e de logo incorporar como sócio pleno do bloco a Venezuela.
O governo do presidente Federico Franco, que assumiu em substituição a Lugo após o rápido julgamento que o tirou do poder, disse que o protesto ocorre devido "as graves arbitrariedades cometidas contra ele".
"Tem por objetivo deixar clara a posição da República do Paraguai, sem prejuízo de recursos ou outras vias para a resolução da controvérsia que surgiu", disse o governo paraguaio em um comunicado.
A nota de protesto em que o Paraguai "se reserva o direito de exigir uma indenização pelos danos morais causados" e pede "compensação por danos que foram causadosââ" é dirigida aos Governos da Argentina, Brasil e Uruguai.
Franco disse em várias ocasiões que estava analisando a possibilidade de levar o caso ao Tribunal Internacional de Haia, mas também advertiu que era um processo longo e caro e que a decisão seria conhecida muito tempo depois de deixar a presidência em agosto 2013.
O presidente também negou que irá tomar a decisão de deixar o bloco.
O Paraguai era o único país cujo Congresso se negava a aprovar a entrada da Venezuela apesar dos esforços de Lugo para isso.