O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, qualificou nesta sexta-feira (3) de "fator de fortalecimento" democrático a entrada da Venezuela no Mercosul e acrescentou que o Paraguai terá que submeter-se às regras para retornar ao bloco.

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Em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros em São Paulo, García disse que o Brasil deseja o retorno ao Mercosul do Paraguai, suspenso no último mês de junho devido à cassação pelo Congresso do então presidente Fernando Lugo.

"O Paraguai voltará e se introduzirá em uma realidade que é a realidade do Mercosul", afirmou o assessor, ao mesmo tempo em que reconheceu que "pode haver tensões".

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A Venezuela foi oficializada no último dia 31 de julho como membro pleno do Mercosul em uma cúpula extraordinária realizada em Brasília e da qual participaram a presidente Dilma Rousseff e o líder venezuelano Hugo Chávez, além dos presidentes do Uruguai, José Mujica, e da Argentina, Cristina Kirchner.

"A entrada da Venezuela no Mercosul é um fator de fortalecimento da democracia", ressaltou o assessor presidencial.

Além disso, García expressou sua confiança em que o Paraguai não caminhe rumo a "uma deriva autoritária" com o novo governo do país e que possa realizar "eleições livremente" no ano que vem.

O assessor opinou que o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, atuou de forma precipitada ao considerar que no processo de cassação de Lugo "não tinha havido infração da ordem democrática".

Para ilustrar sua afirmação, García comentou que no Paraguai se dispõe de cinco dias para recorrer de uma multa de trânsito e o ex-presidente Lugo não recebeu nem cinco horas para defender-se no julgamento do Congresso.

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