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Um paramédico foi sentenciado a nove meses de prisão na quarta-feira depois de se declarar culpado por atirar contra fazendeiros afegãos não-armados e aceitar prestar depoimento contra outros soldados acusados de praticar o terrorismo contra civis.

Cinco dos 12 soldados são acusados de assassinato premeditado, no mais grave processo judicial envolvendo as supostas atrocidades cometidas por militares norte-americanos desde o início da guerra no Afeganistão, em 2001.

Segundo alegações, alguns dos militares teriam recolhido dedos e outros restos mortais humanos como troféus de guerra no Afeganistão.

No primeiro julgamento militar do caso, o sargento Robert Stevens, de 25 anos, admitiu ter atirado contra dois afegãos sem motivo aparente, dizendo que ele e outros soldados estavam seguindo ordens do líder da equipe durante uma patrulha em março.

Stevens está sendo acusado por quatro crimes, e a pena máxima seria de 20 anos na prisão.

O caso veio à tona em uma investigação sobre o uso de haxixe por integrantes da 5a brigada Stryker que passou a investigar, segundo promotores, uma unidade da infantaria que fugiu do controle.

Quatro dos acusados teriam tirado dezenas de fotos perturbadoras dos mortos de guerra, algumas mostrando soldados norte-americanos posando com os cadáveres.

As imagens, que ainda não foram divulgadas para o público, provocou comparações com fotos de prisioneiros iraquianos, tiradas por militares norte-americanos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque, em 2004.

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