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Foz do Iguaçu

Paranaense que vivia drama em Taiwan consegue retornar ao Brasil

Santina garantiu na Justiça a guarda da filha Ana Jéssica, de 6 anos | Christian Rizzi - Gazeta do Povo
Santina garantiu na Justiça a guarda da filha Ana Jéssica, de 6 anos (Foto: Christian Rizzi - Gazeta do Povo)

Depois de enfrentar momentos difíceis em Taiwan, longe da família no Brasil e impedida de ver um dos filhos, a paranaense Santina Pelentir Lu, 37 anos, pretende refazer a vida. Doente, ela conseguiu voltar na quinta-feira (23) para Foz do Iguaçu, Oeste do estado, com a ajuda do Itamaraty e de amigos. Santina morou sete anos fora do Brasil e acabou vivenciando uma situação que se torna comum entre os imigrantes brasileiros no exterior, principalmente mulheres: ter uma relação tumultuada com maridos estrangeiros.

Natural de Salto do Lontra, Sudoeste, ela morava em Foz do Iguaçu onde casou-se em 2001 com um chinês e decidiu ir para Taiwan. Na época já tinha um filho e estava grávida de cinco meses de outra criança, uma menina. Com o passar do tempo, a relação com o marido complicou-se e ela acabou se separando. O drama acentuou-se porque Santina passou a ser agredida pelo marido e sentia-se como uma prisioneira. "Ele não gostava que eu saísse e foi muita pressão para mim, acabei indo na justiça e consegui a guarda de uma filha e hoje estou aqui", diz.

Santina garantiu a guarda da filha Ana Jéssica, de 6 anos, na Justiça, depois que o marido raptou a criança e desapareceu durante três dias. Nos últimos meses ela vivia com a filha em uma quitinete. Mas como estava doente, com crises de úlcera, Santina não conseguia mais trabalhar como faxineira para manter a filha e acabou impedida de ver o filho Brain, que ficou morando com o pai. Conforme as leis do país, em caso de separação, o marido fica com o imóvel e um dos filhos. O menino de 11 anos decidiu ficar em Taiwan vivendo com o pai.

Apesar da separação, Santina diz que está sossegada porque o país tem boas escolas e o pai cuida bem do menino. Ela conseguiu retornar ao Brasil graças ao apoio do Ministério das Relações Exteriores, que pagou a passagem para ela e a filha até São Paulo, após solicitação da prefeitura de Foz do Iguaçu. A família fez uma campanha e conseguiu arrecadar dinheiro com amigos para bancar o restante da viagem.

Agora ela só pensa em arrumar um novo emprego, terminar o tratamento de saúde e esperar a filha Jéssica se adaptar a nova vida e ao idioma português. "Estou muito feliz em reencontrar minha família depois de sete anos. Agora pretendo voltar a estudar e ter um bom emprego", diz. Uma das chances da brasileira, que fala mandarin e espanhol, é trabalhar na área de turismo.

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