Cidadãos italianos residentes no Brasil poderão, em fevereiro, votar nas eleições gerais da Itália por correspondência. Os italianos residentes no país devem receber as cédulas para votar até o dia 6 de fevereiro. Ao contrário do Brasil, o voto na Itália é facultativo. Quem deseja participar deve preencher as fichas enviadas pelo consulado com a lista escolhida e o nome do candidato de preferência. Essas fichas devem ser recebidas pelo consulado até as 16 h do dia 21 de fevereiro.
O voto na Itália é pelo sistema de lista fechada, no qual os eleitores votam em uma lista de representantes equivalente às nossas legendas. As cadeiras são distribuídas de acordo com a lista. Entretanto, para as vagas destinadas a estrangeiros, o sistema é por lista aberta. O eleitor deve votar em uma das listas disponíveis e destacar um dos candidatos. As vagas são distribuídas de acordo com os votos das listas, e os ocupantes das cadeiras são os mais citados.
O parlamento e o Senado italiano reservam, respectivamente, 12 e 6 vagas para residentes no exterior sendo que quatro deputados e dois senadores são eleitos pelo distrito da América do Sul, que inclui o Brasil. Estão aptos a votar cidadãos italianos maiores de 18 anos. Ao todo, cerca de 350 mil pessoas podem votar em todo o país.
Candidatos
O Paraná terá candidatos próprios nessa disputa. Entre os postulantes ao cargo de deputado está a ex-vereadora de Curitiba Renata Bueno. Ela integra, junto com outros sete candidatos, a lista cívica União Sul-Americana dos Emigrantes Italianos (Usei). Segundo Renata, sua linha de atuação política é próxima do Partido Democrático (PD), da centro-esquerda italiana. Ela destaca que é uma das poucas candidatas jovens e que busca fortalecer os laços culturais entre o Brasil e a Itália.
Já o Movimento Associativo Italia al Estero (Maie) apresenta dois candidatos no Paraná. Walter Petruzziello será candidato pela terceira vez ao Senado italiano, e Luis Molossi será candidato a deputado. Segundo Petruzziello, o movimento é de centro e, a princípio, está aliado ao ex-primeiro-ministro Mario Monti, que concorre na lista cívica Scelta Civica. Ele destaca que seu movimento já tem uma tradição de atuação na política e que tem participação ativa nas comunidades italianas da América do Sul.