Muitos paranaenses que possuem viagem marcada para o Velho Mundo temem passar as festas de fim de ano confinados em aeroportos. A sócia da agência curitibana Caminhos Viagens e Turismo, Roberta Redivo, trabalha há dez anos com viagens internacionais e conta que esta é a primeira vez que as nevascas que caem tradicionalmente em janeiro atrapalham tanto o passeio de seus clientes.
Em geral, ela aconselha aqueles que têm a possibilidade de remarcar a viagem a fazê-lo. "Quem puder adiar sua viagem, adie. Até porque quem está de saída para ficar uma semana, por exemplo, poderia perder metade desses dias esperando em aeroportos", avisa.
Já no caso do irmão, Marcos Leonardi Redivo, que estava na Itália, o conselho foi outro: Roberta insistiu para que ele esperasse no aeroporto de Florença e embarcasse assim que possível. O aeroporto estava praticamente fechado e as decolagens eram raras e ocorriam em intervalos longos. Marcos, de 20 anos, precisou esperar até ver seu voo confirmado, e então partiu em direção a Frankfurt, Alemanha, de onde sairia seu voo para o Brasil que ele quase perdeu, devido ao atraso no primeiro trecho. Por sorte, o segundo também atrasou e o Natal em família foi garantido.
"Ele me ligava de lá, dizia que os aeroportos estavam fechados por causa da neve e me perguntava o que deveria fazer. Eu fiquei orientando ele daqui, mas preocupada com a possibilidade de ele não chegar a tempo para o Natal", relembra Roberta.
Melhora
Na Inglaterra, a situação se regulariza aos poucos. Em Londres, a neve diminui há dois dias e o funcionamento dos aeroportos está se normalizando. Aterrissagens e decolagens estão acontecendo com pequenos atrasos, mas a situação é bem melhor do que a encontrada na capital britânica há uma semana.
O paranaense Thiago Meister, de 31 anos, trabalha como gerente de marketing da emissora BBC e conseguiu tomar seu avião para São Paulo, ontem, com apenas uma hora e meia de atraso nesse caso, uma espera curtíssima. "A situação está bem melhor do que no fim do semana, mas ainda se espera neve no Norte e Nordeste do país, e por isso alguns aeroportos devem ser afetados. Mas na capital a situação já é considerada quase normal", conta Thiago.
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