A parceria estratégica entre o Brasil e a África do Sul dos últimos anos, bancada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ex-presidente Thabo Mbeki (1999-2008), enfrentará um momento definidor quando o comando passar para as mãos de Jacob Zuma.
"Já passou o momento de ficarmos repetindo o quanto temos em comum em termos históricos e culturais. A hora é de buscar maior implementação de políticas de integração, afirma Lindiwe Zulu, embaixadora sul-africana no Brasil entre 2004 e janeiro passado, quando assumiu o cargo de porta-voz do partido do governo.
O embaixador brasileiro em Pretória, José Vicente Pimentel, vê uma "lua-de-mel entre os dois países. Ele listou nada menos do que 16 encontros entre Lula e Mbeki em menos de cinco anos. Mas concorda que a integração ainda é pequena, apesar de crescente.
"Uma corrente de comércio de menos de US$ 3 bilhões por ano ainda não é o que gostaríamos, diz ele. "Não é só comércio. Vem aí uma Copa na África do Sul, em 2010, e depois no Brasil, em 2014. Tem de haver joint ventures na organização dos dois eventos, afirma.
Segundo Mari-Lise du Preez, do Instituto Sul-Africano de Relações Internacionais, os dois países são parceiros naturais.
"São duas potências regionais com muitos interesses em comum, principalmente na reforma das instituições internacionais, afirmou.
Brasil não faz “lição de casa” e fica mais vulnerável às tarifas de Trump
Decisão ilegal de Moraes faz cidadã americana denunciar ministro por abuso de poder; acompanhe o Sem Rodeios
Esquerda usa Oscar para forçar discurso contra ditadura e anistia ao 8/1 e desviar foco de crises
A verdadeira razão da invasão russa na Ucrânia (não foi a expansão da OTAN)