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Os eleitores italianos impuseram um grande revés político ao primeiro-ministro Silvio Berlusconi, revertendo leis aprovadas pelo seu governo para retomar o uso da energia nuclear, privatizar o suprimento de água e ajudá-lo a evitar processos.

Os resultados parciais divulgados hoje mostram claras maiorias para desistir da lei de privatização da água, acabar com a lei sobre a retomada da energia nuclear e desfazer uma legislação que dá uma proteção legal parcial ao líder contra processos criminais.

O comparecimento as urnas superou os 57% - acima dos 51% necessários para validar a eleição. Foi a primeira vez desde 1995 que esse quórum foi alcançado no país europeu.

O alto comparecimento foi em grande parte fruto dos temores populares diante da energia nuclear, após o acidente na usina Daiichi, em Fukushima, no Japão. Os planos para a construção de usinas nucleares na Itália já foram abortados em 1987, em um referendo realizado após o desastre de Chernobyl.

Berlusconi aparentemente reconheceu a derrota mais cedo, dizendo que com isso praticamente acabavam os prognósticos para a energia nuclear na Itália. Ele disse que o país deve agora se comprometer fortemente com energias renováveis.

Mais cedo neste ano, a Itália impôs uma moratória em seus planos nucleares, após o desastre no Japão. Porém o governo desejava retomar um plano de longo prazo para construir várias usinas nucleares pelo país. A oposição de centro-esquerda fez uma grande campanha para o referendo.

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