Alguns parentes das mais de duzentas crianças desaparecidas na balsa afundada na Coreia do Sul ofereceram amostras de DNA neste sábado (19) para ajudar a identificação dos mortos, enquanto o resgate se transformou em uma missão para recuperar a embarcação e os corpos das pessoas a bordo.
O Sewol, que levava 476 passageiros e tripulantes, afundou na quarta-feira (16) em uma viagem do porto de Incheon para a ilha turística de Jeju, no sul do país. Trinta e duas pessoas tiveram suas mortes confirmadas.
O capitão Lee Joon-seok, de 69 anos, foi preso nas primeiras horas deste sábado acusado de negligência, assim como dois membros da tripulação, incluindo o terceiro imediato, que controlava o timão no momento do acidente.
Mais tarde os promotores disseram que o terceiro imediato conduzia o Sewol nas águas onde virou e afundou pela primeira vez em sua carreira.
Indagado por que as crianças receberam ordens de ficar na cabine ao invés de abandonar o navio, Lee, aparentemente perturbado pela dimensão do desastre, disse aos repórteres que temeu que caíssem na água pela correnteza forte e fria.
Relatos iniciais mostraram que a balsa se inclinou fortemente e virou, talvez devido a uma mudança de posição na carga que levava, e membros da tripulação disseram que o capitão, que não estava na ponte de comando inicialmente, tentou em vão endireitar o navio.
Cerca de 500 parentes das 270 pessoas listadas como desaparecidas assistiram ao vídeo submarino feito nas águas turvas depois que mergulhadores relataram ter visto três corpos através das janelas.
O número oficial de desaparecidos foi revisado em relação à estimativa inicial de 269.
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