Lealdade
O presidente da França, François Hollande, afirmou por meio de assessores que só iria recrutar para o novo governo ministros que prometerem apoiar sua estratégia para sanar os problemas da segunda maior economia da zona do euro. Diante do crescente número de figuras importantes do Partido Socialista que culpam Hollande pela atual estagnação da economia francesa, o presidente está enfrentando dificuldades para formar uma equipe que não prejudique sua pequena base política.
O presidente da França, François Hollande, nomeou um novo gabinete de governo, formado por aliados mais próximos dentro do Partido Socialista. A reforma ministerial, aprovada após a renúncia de ministros contrários à política de austeridade fiscal, é uma aposta de Hollande de que será capaz de aprovar leis no Parlamento sem o apoio da ala esquerda do partido.
Manuel Valls foi mantido como primeiro-ministro e Michel Sapin, amigo de infância de Hollande, foi nomeado ministro das Finanças.
O ex-assessor presidencial Emmanuel Macron será ministro da Economia e Najat Vallaud-Belkacem, ex-ministra dos Direitos das Mulheres, será a titular da Educação.
A reforma, ocorrida apenas seis meses depois da nomeação do ministério, ocorre em reação a declarações feitas no fim de semana por ministros da ala esquerda do Partido Socialista, de que a política de austeridade fiscal adotada em toda a União Europeia está prejudicando a economia francesa.
Os críticos eram liderados pelo então ministro da economia, Arnaud Montebourg.
A guinada à direita de Hollande será testada em setembro, quando o Parlamento francês começará a revisar os controvertidos cortes de gastos previstos no Orçamento de 2015. Caso haja uma rebelião na ala esquerda da bancada socialista, o governo poderá cair.