Opositores à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo voltarão neste domingo a se concentrar nas ruas de Paris, onde esperam reunir um número de pessoas similar ao de dois meses atrás, quando um milhão de pessoas, segundo os organizadores da manifestação (ou 340 mil, de acordo com a polícia) se mobilizaram.

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Esta manifestação vem sendo realizada desde que os deputados aprovaram a lei que autoriza o casamento homossexual, há cerca de um mês e meio atrás. A legislação está a poucos dias de chegar ao Senado.

A líder do movimento, a humorista Frigide Barjot, declarou que espera superar o número do dia 13 de janeiro, já que "as reservas de ônibus e de passagens de trem duplicaram".

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Os organizadores do protesto criticaram o fato de as autoridades não terem permitido a concentração na avenida Champs-Elysées, o que, segundo eles, os obrigará a permanecer em torno do Arco do Triunfo, sem poderem caminhar.

A polícia, por sua vez, não espera que haja mais de 200 mil participantes.

O pretesto é o único recurso dos opositores ao casamento homossexual, texto que o governo espera que a medida entre em vigor antes do verão no hemisfério norte.

No Senado, onde a análise do documento começará no próximo dia 4 de abril, a esquerda conta com uma maioria mais apertada do que na Câmara dos Deputados, onde ele foi aprovado com 329 votos a favor e 229 contra.

A última palavra voltará a ser da Câmara, onde a lei será examinada em segunda leitura.

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Resta a possibilidade de apresentar um recurso perante o Conselho Constitucional, mas o presidente da instituição, Jean-Louis Debré, já advertiu que a legislação corresponde somente aos deputados.