A conservadora Park Geun-hye tomou posse nesta segunda-feira (25) como presidente da Coreia do Sul para os próximos cinco anos em uma grande cerimônia realizada no lado de fora da Assembleia Nacional (Parlamento) de Seul.
Cerca de 70 mil pessoas se concentraram nos arredores para assistir à posse da vencedora das eleições de dezembro, que antes de ser investida oficialmente realizou a correspondente reverência à bandeira nacional e guardou silêncio pelos mártires patriotas do país.
Mais cedo, a cerimônia contou com uma breve apresentação do cantor Psy, que interpretou seu famoso hit "Gangnam Style".
Em seu discurso, Park qualificou o recente teste nuclear da Coreia do Norte como "um desafio à sobrevivência do povo coreano" e afirmou que não tolerará futuras ameaças à segurança.
O novo presidente exigiu ao regime de Kim Jong-un que "abandone sem demora suas ambições nucleares", mas deixou uma porta aberta ao diálogo ao propor um processo de "construção de confiança" com o Norte para estabelecer os fundamentos de uma nova "era da unificação" neste país dividido há mais de seis décadas.
Park também citou outro pilar de seu programa, a "democratização econômica", ao reiterar suas promessas de reduzir a desigualdade social para ampliar a classe média, favorecer as pequenas e médias empresas frente à voracidade dos grandes conglomerados do país e garantir a igualdade de oportunidades.
Em relação à crise econômica global, que na Coreia do Sul provocou uma desaceleração do crescimento, ela prometeu investir em ciência e tecnologia para dar início a um segundo "milagre do rio Han", como se conhece o surpreendente desenvolvimento econômico nas últimas décadas da atual quarta maior economia da Ásia.
Park Geun-hye, filha do falecido ditador Park Chung-hee - considerado o principal responsável por este "milagre" - é a primeira mulher a ser eleita chefe de Estado na Coreia do Sul, sucedendo Lee Myung-bak, seu companheiro de partido, o conservador Saenuri.
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