Um parlamentar japonês bebeu água de uma poça que estava dentro da usina nuclear de Fukushima, para provar que a substância era segura. Yasuhiro Sonoda tomou a água retirada de uma poça localizada dentro do prédio onde ficam os reatores 5 e 6, na usina Daiichi, para provar que houve progressos na limpeza do local, informou o Wall Street Journal.
A água já havia passado por um processo para retirada dos elementos radioativos. "Apenas tomá-la não prova que a segurança foi confirmada. Eu sei disso", afirmou ele. "A melhor maneira é apresentar dados ao público."
A usina nuclear passou por grandes problemas após um terremoto e um tsunami em 11 de março atrapalharem seu funcionamento. A resposta à crise já dura meses, mas os danos nos reatores 5 e 6 foram menores que nos outros quatro.
Confiança
A crise de radiação na usina Daiichi, em Fukushima, da Tokyo Electric Power Co, provocada pelo terremoto e tsunami de março, abalou a confiança pública na segurança nuclear, forçando agências reguladoras a definir regras mais severas para a reabertura dos reatores fechados para checagens regulares.
Nenhum reator fechado para manutenção foi reaberto desde o desastre de março e o último dos 54 reatores comerciais do Japão ainda em operação deve passar por checagens de rotina até maio.
Antes do desastre de março, a geração de energia nuclear representava cerca de 30% de todo o abastecimento de energia do país, um número que caiu para nível recorde de baixa. Para este inverno, o governo pediu que os usuários em Osaka e nas regiões ao redor e na ilha ao sul de Kyushu cumpram metas numéricas para conter o uso de energia nos horários de pico. O governo também insistiu que os usuários de outras regiões voluntariamente reduzam o uso de energia.