Um importante parlamentar iraniano acusou neste domingo (23) o chefe da agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) de passar a Israel informações confidenciais sobre as atividades nucleares do Irã.
No mais recente sinal das difíceis relações da nação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Javad Jahangirzadeh, um membro da presidência do Parlamento, afirmou que o chefe da agência, Yukiya Amano, será o culpado caso o Irã reduza sua cooperação com o órgão.
"As repetidas viagens de Amano a Tel Aviv e suas perguntas a autoridades israelenses sobre as atividades nucleares do Irã indicam que as informações nucleares do Irã foram entregues ao regime sionista (Israel) e outros inimigos da República Islâmica", afirmou Jahangirzadeh à emissora de televisão Press TV.
"Se as ações da agência levarem o Irã a cortar a cooperação com esse órgão internacional, a responsabilidade será do diretor geral da AIEA", disse Jahangirzadeh, membro do comitê de política externa e segurança nacional do Parlamento.
A AIEA não estava imediatamente disponível para comentar as acusações.
Na semana passada, o chefe do setor de energia nuclear do Irã, Fereydoun Abbasi-Davani, disse que "terroristas" podem estar infiltrados na agência, que tem sede em Viena. Ele indicou que a AIEA colocou informações secretas demais sobre o programa nuclear do Irã em seus relatórios, algo que, segundo ele, pode ser usado por sabotadores.
Diplomatas do Ocidente classificaram as acusações como uma tentativa de distrair a atenção da agência na busca de ganhar acesso a um local no Irã que o órgão suspeita estar sendo usado para pesquisa de armas nucleares, algo que Teerã nega.
O Irã culpa Israel e seus aliados ocidentais pelo assassinato de cientistas nucleares no Irã. O país também culpa esses países por vírus de computador que aparentemente foram criados para danificar o maquinário nuclear iraniano.
A direção da agência, que conta com 35 nações, censurou o Irã no começo deste mês pelo fato de o país ter desafiado exigências internacionais para interromper o enriquecimento de urânio e não ter esclarecido as crescentes inquietações sobre sua suposta pesquisa para obtenção de bombas atômicas.
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