O Parlamento da Itália começou a debater hoje o mais recente escândalo sexual envolvendo o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, antes de uma votação que aprovará ou não uma busca policial em algumas das propriedades do magnata. Procuradores de Milão investigam se Berlusconi pagou para ter relações sexuais com uma menor de idade e se usou o seu poder político para esconder o escândalo. Os procuradores querem realizar buscas também no escritório do contador de Berlusconi, Giuseppe Spinelli, que supostamente pagava em nome do premiê as prostitutas que lhe eram fornecidas para as festas nas suas mansões.

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A prostituição não é crime na Itália, mas explorar a atividade, bem como pagar para fazer sexo com menores de idade, são crimes.

Berlusconi nega ter feito qualquer coisa errada. Os procuradores precisam da permissão do Parlamento porque os parlamentares na Itália possuem certa imunidade e Berlusconi, além de primeiro-ministro, é deputado na Câmara. A votação no Parlamento poderá ter impacto limitado na investigação que envolve uma rede de prostituição. Os magistrados estão determinados a prosseguir nas investigações e poderão indiciar o premiê já na próxima semana.

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Segundo as investigações, Berlusconi teria pago para fazer sexo com a marroquina Kharima El-Marough, apelidada de "Ruby", que na época que frequentava a mansão do premiê tinha 17 anos. Ela nega ter feito sexo com o premiê, do qual recebeu envelopes com 4 mil euros para cada encontro. Berlusconi, de 74 anos, também nega ter pago por sexo.