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Legisladores federais dos Estados Unidos, alguns deles representantes da Flórida, onde está sediada a maior comunidade de cubanos e exilados da ilha, afirmaram nesta terça-feira (17) que as recentes “concessões unilaterais” do governo do presidente Joe Biden representam “uma traição da causa da liberdade” da nação caribenha.
“Hoje, enquanto centenas de ativistas permanecem presos ilegalmente, a Casa Branca está ressuscitando a política fracassada de concessões unilaterais do presidente (Barack) Obama à ditadura criminosa de Castro/Díaz-Canel”, criticou um grupo de dez parlamentares republicanos em um comunicado conjunto.
Os legisladores - incluindo os congressistas da Flórida María Elvira Salazar, Mario Díaz-Balart e Carlos A. Giménez - lembraram que, após os protestos históricos de julho do ano passado em Cuba, Biden destacou que os EUA apoiavam “os bravos cubanos que saíram às ruas para se opor a 62 anos de repressão sob um regime comunista”.
No entanto, o governo Biden hoje “está recompensando a mais longa ditadura comunista do hemisfério ocidental” com “conversas de alto nível”, em vez de “apoiar as súplicas de liberdade do povo cubano por meio da expansão da programação democrática, da transmissão, da diplomacia global e das sanções contra seus opressores”, ressaltaram.
Segundo os legisladores republicanos, entre os quais também estão os senadores da Flórida Marco Rubio e Rick Scott, essas “recompensas” também incluem o alívio das sanções, o aumento das viagens, bem como o aumento do “acesso aos EUA e às nossas instituições financeiras”.
“As repetidas concessões do governo Biden à ditadura cubana são uma traição ao compromisso de nossa nação com os direitos humanos e a liberdade, e com o povo cubano que luta por uma transição democrática”, lamentou o grupo, que é completado pelos congressistas Michael McCaul e Mark Green e pelos senadores James Risch, Ted Cruz e Bill Cassidy.
O governo do democrata Biden anunciou na segunda-feira a suspensão das restrições aos voos comerciais para Cuba, até agora limitados à capital, e ao envio de remessas, assim como a retomada do programa que permite aos cubanos nos EUA “reivindicar” seus parentes na ilha.
As medidas, que revertem parte das restrições impostas durante a presidência de Donald Trump (2017-2021), provocaram reações mistas.
Aspectos como a retomada do programa de reunificação familiar e o aumento de voos receberam o apoio de líderes exilados como Ramón Saúl Sánchez, do Movimento Democrático, mas outros como Orlando Gutiérrez, da Direção Democrática, rejeitaram totalmente a mudança de política.