17 de março será a data das novas eleições em Israel no ano que vem, estabelecida ontem pelos líderes da Knesset, que depois aprovaram a dissolução do Parlamento com a maioria dos 84 votos.
O Parlamento de Israel, a Knesset, aprovou ontem sua própria dissolução, depois de os líderes da casa terem estabelecido a data para as novas eleições no ano que vem, medidas que já eram esperadas após as discussões entre o primeiro-ministro e o líder do partido Yesh Atid, integrante da coalizão, o que derrubou o governo.
A votação preliminar sobre a dissolução, que teve 84 votos a favor e nenhum contra, aconteceu após um acordo entre os líderes dos partidos de estabelecer 17 de março como a data para o novo pleito, informou um funcionário da Knesset.
Uma nova votação vai acontecer na próxima semana e, se o resultado também for favorável, a sessão parlamentar será oficialmente encerrada e a Knesset dissolvida.
A medida encerra um dos governos mais curtos de Israel, que caiu após 20 meses, dois anos antes do previsto.
A atual coligação, formada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, reuniu um partido de centro recém-formado, que busca reduzir os impostos, com extremistas de extrema-direita que querem expandir os assentamentos judaicos na Cisjordânia.
As tensões na aliança ficaram evidentes nas últimas semanas por causa de discussões sobre orçamento e de um controverso projeto de lei que pretende formalizar Israel como um Estado judeu. Para alguns críticos, isso será prejudicial para minorias.
Na segunda-feira, Netanyahu convocou para uma reunião seu ministro de Finanças, Yair Lapid, do partido centrista Yesh Atid, durante a qual ofereceu cinco concessões para manter o governo em pé. Lapid recusou as ofertas e os dois lados pediram a realização de eleições.
Na terça-feira, Netanyahu demitiu Lapid e outra ministra de centro, Tzipi Livni, que era titular do Ministério da Justiça.