O Parlamento turco suspendeu na quarta-feira o processo de eleição presidencial indireta que deflagrou uma grave crise política e obrigou o governo a convocar eleições parlamentares antecipadas.
O Parlamento aceitou a petição do ministro das Relações Exteriores, Abdullah Gul, retirando-se da disputa presidencial. Ele era candidato único.
A desistência de Gul ficou inevitável, já que ele não conseguiu número suficiente de votos na assembléia em dois turnos de votação. O presidente é eleito pelo Parlamento para um mandato de sete anos.
"Como não há candidato à Presidência, não existe a possibilidade de eleger um presidente. Por essa razão, a votação foi cancelada", disse à Câmara o vice-presidente do Parlamento, Nevzat Pakdil.
O novo Parlamento, que será eleito no pleito de 22 de julho, será o responsável por escolher o presidente. O atual presidente, Necdet Sezer, que deixaria o cargo no dia 16 de maio, vai permanecer como chefe de Estado interino enquanto seu sucessor não for definido.
A elite laica da Turquia, que inclui os partidos da oposição, juízes e generais, estava determinada a impedir a eleição de Gul, temendo que os islamitas tentassem acabar com a separação entre Estado e religião no país. O partido governista, o AK, nega tal intenção.
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