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Governo sob pressão

Parlamento da Coreia do Sul aprova investigação especial contra presidente

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, durante entrevista coletiva no Gabinete Presidencial em Seul, no dia 7 de novembro (Foto: KIM HONG-JI/EFE /EPA)

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O Parlamento da Coreia do Sul aprovou, nesta terça-feira (10), uma investigação especial contra o presidente, Yoon Suk-yeol, após declarar há uma semana a lei marcial e, por sua vez, aprovou cortes nos orçamentos gerais para 2025, a fim de aumentar a pressão sobre o partido no poder, que se recusa a apoiar a destituição do mandatário.

A iniciativa, que visa investigar, além de Yoon, o primeiro-ministro, Han Duck-soo, o ex-ministro da Defesa Nacional, Kim Yong-hyun, o chefe do Estado-Maior General, Park An-su e o antigo líder parlamentar da formação governista, Choo Kyung-ho, foi aprovada com 210 votos a favor e 63 contra, além de 14 abstenções.

Os deputados do governante e conservador Partido do Poder Popular (PPP) participaram da votação, uma vez que a formação não havia estabelecido posição específica quanto à iniciativa nem solicitado disciplina de voto, e do resultado deduz-se que cerca de 20 de seus parlamentares poderiam ter aprovado a medida.

Isto sugere que a moção que a oposição pretende apresentar nesta quarta-feira (11) para solicitar a destituição de Yoon, a segunda após o fracasso do último sábado devido ao boicote do PPP, poderá ter mais apoio dos assentos da formação conservadora quando for votada na sexta ou sábado.

O opositor Partido Democrático (PD) precisa do apoio de oito assentos para garantir que a moção exceda a maioria de dois terços e possa prosperar.

A investigação especial do procurador que foi aprovada nesta terça-feira não pode ser vetada pelo presidente, embora Yoon possa optar por adiar a nomeação da equipe de investigação.

Por sua vez, o PD, que detém a maioria na câmara, também conseguiu hoje a aprovação por maioria simples de um orçamento previsto para 2025 avaliado em 677,4 bilhões de wons.

O montante é 4,1 trilhões de wons inferior ao inicialmente proposto pelo governo e inclui cortes no fundo de reservas do Executivo, bem como nos montantes atribuídos ao Gabinete Presidencial, ao Gabinete de Segurança Nacional, ao Ministério Público Escritório e a polícia.

É a primeira vez na história democrática do país que os orçamentos gerais não foram acordados pelos dois partidos maioritários.

O PD procura assim aumentar a pressão sobre o PPP, que neste momento se recusa a apoiar a destituição de Yoon para evitar danos eleitorais imediatos e defende uma saída do presidente que ocorreria nos próximos meses.

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