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A Assembleia Nacional da Nicarágua, dominada pelo ditador Daniel Ortega, aprovou por unanimidade na quinta-feira (16) um acordo de livre comércio do país centro-americano com a China.
Em comunicado divulgado pela casa, o deputado sandinista Wálmaro Gutiérrez, presidente da Comissão de Produção, Economia e Orçamento da Assembleia Nacional, alegou que o tratado não substitui outros acordos comerciais que a Nicarágua assinou com países como México, Chile, República Dominicana e Estados Unidos – estes dois, no acordo Cafta-DR, que parlamentares americanos questionam devido à escalada autoritária de Ortega.
“Gostaríamos de desenvolver relações comerciais fortes com muitos países, mas eles estão pressionados e condicionados, por isso não podemos ter relações comerciais com eles. O que importa se temos diferenças políticas ou ideológicas? Quem deu a autoridade de xerife do planeta aos Estados Unidos?”, afirmou Gutiérrez.
“Acreditam que, ao impor sanções imorais e perversas, subjugarão Cuba, Venezuela, Nicarágua, entre outros”, disse o deputado, que afirmou que a Nicarágua tem uma “moral que não fica de joelhos”.
Apesar do discurso de “autonomia”, o regime de Ortega, isolado internacionalmente devido às violações de direitos humanos, tem se curvado aos inimigos do Ocidente e intensificado parcerias com China, Rússia, Irã, Cuba e Venezuela.