O Parlamento da Romênia aceitou nesta segunda-feira (27) uma decisão judicial determinando que o presidente deveria voltar ao gabinete, encerrando uma disputa política que atraiu críticas da União Europeia e atingiu os mercados financeiros.
A UE e os Estados Unidos disseram que a tentativa da aliança esquerdista, liderada pelo primeiro-ministro Victor Ponta, de remover seu rival de direita Traian Basescu não respeitou o Estado de Direito e o Judiciário.
O Tribunal Constitucional decidiu que um referendo para derrubar o presidente Basescu era inválido porque a participação de eleitores foi inferior à metade do eleitorado, embora 88% dos que votaram queriam o presidente afastado do cargo.
O governo ameaçou retirar juízes dos tribunais ou limitar os seus poderes, antes de voltar atrás sob a pressão de Bruxelas, e também tentou provar que o eleitorado era menor, em uma tentativa de mostrar que a exigência de comparecimento às urnas havia sido cumprida.
A decisão do tribunal deve agora ser publicada no diário oficial da Romênia antes de Basescu poder voltar ao gabinete, possivelmente já nesta segunda-feira à noite.