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O presidente do Parlamento da Venezuela, Jorge Rodríguez, discursa durante evento no Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em Caracas
O presidente do Parlamento da Venezuela, Jorge Rodríguez, discursa durante evento no Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em Caracas| Foto: EFE/ Rayner Peña R.

O parlamento da Venezuela, controlado pelo ditador Nicolás Maduro, aprovou nesta terça-feira (14) um acordo para pedir ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que retire o convite à União Europeia (UE) para enviar uma missão de observação eleitoral para as eleições de 28 de julho no país.

A decisão aconteceu após o bloco europeu suspender as sanções pessoais contra o presidente do CNE, Elvis Amoroso, e outras três pessoas, mas não em relação a todos os que havia sancionado anteriormente.

O acordo estabelece a solicitação ao CNE para "anular o convite feito à União Europeia para participar como observadora internacional nas eleições presidenciais de 28 de julho".

O presidente do parlamento, o governista Jorge Rodríguez, explicou que uma carta será enviada ao órgão eleitoral para que considere a possibilidade de retirar o convite à UE, cujos membros ele descreveu como "mal-educados", "bastardos", "canalhas", "ilegais" e "ilegítimos".

"Não cabe a nós tomar a decisão, mas cabe a nós dar nossa opinião, e acredito que, com essa atitude racista, arrogante, grosseira e insultante por parte da União Europeia, o convite para uma missão de observação eleitoral se torna materialmente impossível, porque é ilegal, e não é nossa culpa, nós tentamos", disse.

Para Rodríguez, o país fez "tudo" o que tinha "direito de fazer", entre os quais mencionou o envio do convite e o recebimento, em abril, de uma missão exploratória da UE, que depois se reuniu com membros do CNE e do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

"Como podemos convidar uma instituição que é tendenciosa em relação ao candidato dos Estados Unidos da América? Como podemos deixar de cumprir as leis e normas de observação eleitoral, que também são universais?", alegou.

Ele também acusou a UE de não querer "eleições livres e democráticas" na Venezuela, mas que o poder no país caribenho seja "mantido por um fantoche" dos EUA.

O Conselho da UE decidiu suspender parcialmente as sanções a fim de incentivar a organização de eleições "inclusivas e competitivas", disse à Agência EFE o porta-voz de relações exteriores da UE, Peter Stano.

Por sua vez, Amoroso, após o anúncio da concessão na segunda-feira, rejeitou a suspensão da medida pessoal e garantiu que não aceitará a concessão se ela não for estendida a todos os sancionados. (Com Agência EFE)

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