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Busca pela paz

Parlamento de Israel aprova Benjamin Netanyahu como novo primeiro-ministro

Benjamin Netanyahu discursa como novo primeiro-ministro  e apresenta seu governo no Parlamento de Israel | David Silverman / Reuters
Benjamin Netanyahu discursa como novo primeiro-ministro e apresenta seu governo no Parlamento de Israel (Foto: David Silverman / Reuters)

O Parlamento de Israel aprovou nesta terça-feira (31), depois de seis horas de debate, o nome do direitista Benjamin Netanyahu como novo primeiro-ministro do país.

Bibi, do Likud, foi aprovado por 69 votos a 45, com cinco abstenções, e agora sucede o centrista Ehud Olmert. Ele é o primeiro premiê reeleito em dez anos.

Enquanto apresentava seu governo aos parlamentares, Netanyahu afirmou que está disposto a negociar a paz com os palestinos.

"Eu digo aos dirigentes da Autoridade Palestina: se vocês quiserem a paz, será possível chegar à paz. O governo sob minha direção agirá para conseguir a paz sob três pilares: economia, segurança e política", disse. "Realizaremos negociações de paz permanentes com a Autoridade Palestina para conseguir um acordo final. Não queremos governar outro povo; não queremos controlar o destino dos palestinos", completou.

Netanyahu declarou que, dentro de um "acordo definitivo", os palestinos "disporão de todos os direitos para se governar a si mesmos, salvo os suscetíveis de constituir um perigo para a segurança e a existência do Estado de Israel". O premier designado não falou de um Estado palestino independente.

Netanyahu completou nesta terça-feira a formação do governo depois das últimas negociações para unir à coalizão de governo o Partido do Judaísmo Unificado da Torá (ortodoxo, cinco deputados).

A coalizão conta com o Likud, principal partido da direita israelense comandado por Netanyahu (27 deputados); Israel Beitenu (direita nacionalista, 15); o Partido Trabalhista (13), o Shass (ortodoxos sefardins, 11) e o Lar Judeu (ligado aos colonos, três cadeiras).

Ao mesmo tempo, Netanyahu tenta convencer Sylvan Shalon, dirigente do Likud, a aceitar o cargo de ministro do Desenvolvimento Regional e ser ainda vice-premier.

Shalom, que já foi chanceler, rejeitou a oferta em um primeiro momento, o que provocou tensão no partido.

O gabinete de coalizão que Netanyahu tenta concluir será o mais amplo na história de Israel, com quase 30 ministros e sete vice-ministros.

Palestinos não se animam

A Autoridade Palestina afirmou que as declarações de Netanyahu sobre a paz "não são animadoras", já que ele omitiu falar de um Estado palestino.

"Estas declarações são um início que não é nada animador da parte deste governo", declarou Nabil Abu Rudeina, porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.

"A administração americana deve pressionar o governo de Netanyahu para que se atenha aos fundamentos do processo de paz, ou seja, a paz em troca de terra. Isso significa a restituição de todos os territórios palestinos ocupados em 1967, com Jerusalém Oriental incluída", afirmou o porta-voz.

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