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UNRWA

Parlamento de Israel aprova lei que proíbe atuação de agência da ONU no país

Parlamento de Israel aprova lei que proíbe atuação de agência da ONU no país
Sessão do parlamento nesta segunda (28) contou com a presença do premiê Benjamin Netanyahu (Foto: EFE/EPA/DEBBIE HILL / POOL)

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O Knesset (parlamento israelense) aprovou nesta segunda-feira (28) uma lei que proíbe a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), que presta serviços sociais a refugiados palestinos e seus descendentes, de operar em território israelense, inclusive na Jerusalém Oriental anexada unilateralmente.

O projeto de lei, que havia sido aprovado em primeira leitura antes do recesso parlamentar de três meses, foi aprovado em segunda e terceira leituras nesta segunda-feira, com 92 votos a favor e dez contra.

O texto estipula que a UNRWA não realizará nenhuma representação, não prestará nenhum serviço e nem realizará nenhuma atividade “direta ou indiretamente” dentro do território soberano de Israel.

Até mesmo parlamentares de vários partidos de oposição, incluindo o Yesh Atid (Há um Futuro), do centrista Yair Lapid, e o Unidade Nacional, de Benny Gantz, votaram a favor da proibição, que, por sua vez, restringirá também as atividades da UNRWA na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, dada sua dependência de coordenação com as autoridades israelenses.

Momentos antes da votação, o deputado árabe do Hadash-Taal, Ahmad Tibi, considerou a legislação “fascista” durante um debate no plenário do Knesset, provocando gritos e raiva da deputada do Likud, Tally Gotliv, que teve de ser puxada de volta para seu assento.

Um segundo projeto de lei, que deverá ser votado em breve, busca revogar a isenção de impostos e o status de imunidade da agência, além de designá-la como uma organização terrorista por ligações com o Hamas, que já foram apontadas pelo governo israelense.

Esconderijo de terroristas?

Israel acusou a UNRWA de empregar 2.100 membros do Hamas e, em janeiro deste ano, afirmou que 12 deles haviam participado ativamente dos ataques terroristas mortais de 7 de outubro, aos quais a agência respondeu imediatamente abrindo uma investigação interna e demitindo esses trabalhadores.

Assim que Israel fez essas acusações em janeiro, 18 países anunciaram a retirada de financiamentos à UNRWA, incluindo os principais doadores, como EUA, Alemanha, Japão e França, resultando em um corte orçamentário de US$ 450 milhões para a agência.

A agência, que tem mais de 30 mil funcionários, alegou meses depois que Israel não forneceu “provas conclusivas” de seu envolvimento nos ataques. A maioria dos países, incluindo Canadá, Suécia, Austrália e a própria União Europeia, retomou o financiamento à UNRWA meses depois.

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