Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Crise

Parlamento decidirá futuro de Berlusconi em dezembro

Berlusconi precisa dos votos de confiança no Senado e na Câmara para continuar no governo | John Thhys/AFP
Berlusconi precisa dos votos de confiança no Senado e na Câmara para continuar no governo (Foto: John Thhys/AFP)

Roma - O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, enfrentará no dia 14 de dezembro votações de confiança no Senado e na Câmara de Deputados. A escolha da data foi decidida ontem pelo presidente da Itália, Giorgio Napolitano, o presidente da Câmara dos Depu­­tados, Gianfranco Fini, e do Sena­­do, Renato Schifani.

A moção de confiança será votada no dia 14 de dezembro pela manhã no Senado, e à tarde na Câmara dos Deputados.

No dia 13, ocorre a apresentação do governo no Senado, onde tem maioria absoluta, para convencer os senadores de que devem apoiar o Executivo no dia seguinte. No mesmo dia, à tarde, acontecem os debates sobre a votação de censura na Câmara dos Deputa­­dos.

Se perder em ao menos uma das Casas, o premier é obrigado a renunciar, abrindo a possibilidade de convocação de novas eleições parlamentares, que seriam realizadas no segundo trimestre de 2011, dois anos antes do final do mandato do premiê.

Berlusconi diz que uma eventual queda do seu governo seria uma traição aos eleitores, que lhe deram a vitória nas eleições de 2008, e que tem certeza de vitória no caso de concorrer em novo pleito.

Enfrentando crise econômica, série de acusações de corrupção contra membros do governo e vá­­rios escândalos sexuais nos últimos dois anos, o premiê italiano tem atualmente a mais baixa taxa de aprovação desde 2008.

Quatro membros do governo da Itália ligados ao presidente da Câmara dos Deputados, Gianfran­­co Fini – ex-aliado e hoje rival do premiê Silvio Berlusconi –, re­­nun­­ciaram segunda-feira, desatan­­do uma crise que ameaça a atual coalizão do líder conservador.

"Todos concordamos que precisamos começar nova fase na centro-direita italiana", disse Adol­­fo Urso, que ocupava o cargo de vice-ministro do Interior. Com­­pletam ainda o grupo de desertores a ministra dos Assuntos Euro­­peus e dois subsecretários.

"Com a saída dos aliados de Fini do governo, a traição começou", disse o ministro do Bem-Es­­tar, Maurizio Sacconi, partidário do premiê.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.