Manifestante segura a bandeira egípcia enquanto é observado por forças de segurança no Cairo| Foto: REUTERS/Amr Abdallah Dalsh

O Senado egípcio aprovou hoje uma lei que autoriza o presidente Mohamed Mursi a colocar o Exército nas ruas para, junto com a polícia, auxiliar na manutenção da ordem. As informações são da agência egípcia Mena.

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A lei permite ao Exército apoiar os serviços policiais até o fim das eleições legislativas - ainda sem data prevista - e sempre que solicitado pelo Conselho de Defesa Nacional, presidido por Mursi.

Segundo o presidente do Comitê de Assuntos Árabes da casa, Maguid al Helu, a medida foi motivada pela onda de violência desencadeada no país desde a última sexta.De acordo com a nova lei, que entrará em vigor no dia seguinte à sua publicação no "Diário Oficial", as Forças Armadas podem prender civis e encaminhar as queixas para o Ministério Público para que sejam julgadas por tribunais civis.

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Segundo a Mena, tropas do Exército reforçam a presença militar nas cidades de Suez e Port Said desde o último sábado.O envio do Exército às ruas foi usado para controlar os ânimos dos opositores em diversas ocasiões pela junta militar que governava o país até junho e pelo próprio Mursi. Na semana passada, as tropas foram usadas para garantir a segurança no Cairo, em Suez e em Port Said.

O lei aprovada pelo Senado é parte de uma série de medidas anunciadas por Mursi após cinco dias de manifestações violentas contra seu governo nas principais cidades do país, que coincidiram com os dois anos do início da revolta que levou à queda do ditador Hosni Mubarak.

No último domingo, o presidente decretou estado de emergência pela onda de violência que deixou 55 mortos nos últimos cinco dias.

A violência tomou proporções maiores em Port Said, onde foi divulgada no sábado a condenação à pena de morte de 21 acusados de terem provocado o massacre em um estádio de futebol da cidade, em fevereiro de 2012, em que 54 pessoas morreram. Nos protestos de dois dias atrás, houve 32 mortes.

O presidente também propôs mais uma rodada de diálogos nacionais, assim como feito durante os protestos de dezembro contra a nova Constituição. Assim como no mês passado, o evento será novamente boicotado pela oposição.

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